A coluna vertebral é a estrutura que nos permite, juntamento com o sistema muscular e nervos, adquirir a postura ereta; é também este conjunto de vértebras milimétrica e perfeitamente desenhadas que protege a medula espinhal.
Pela sua dinâmica estrutural, a coluna tem curvaturas fisiológicas (consideradas normais): 2 cifoses (torácica e sacral) e 2 lordoses (cervical e lombar), que não se mantêm só pela orientação específica das suas vértebras em cada segmento, mas também mantida pelo bom funcionamento da musculatura posterior da coluna.
Quando falamos de alterações posturais, referimo-nos mais comummente às:
– hiperlordose lombar e cervical, em que ocorre acentuação da concavidade posterior das curvaturas;
– hipercifose torácica, quando há aumento da concavidade anterior da curvatura torácica;
– cifose lombar, com diminuição da sua curvatura lordótica causando achatamento dessa região;
– e a escoliose, caracterizada pelo desvio lateral da coluna vertebral podendo apresentar-se em forma de “C” curva única ou “S” curva dupla.
Na Fisioterapia, como tratamento conservador e não invasivo, cabe o papel de impedir a progressão destas curvaturas, se possível regredir os ângulos das curvaturas, dar qualidade de vida ao paciente, seja em termos de dor percepcionada como em função e realização das atividades do dia-a-dia. Quando à necessidade de intervenção cirúrgica para estabilização das estruturas, a fisioterapia também actua no pré e pós-operatório de correção da coluna.
Vários são os recursos para o tratamento como:
– o método de Pold, terapia manual passiva em que tentamos modular as forças musculares bem como o posicionamento vertebral;
– cinesioterapia, através da utilização de pesos para fortalecer a musculatura fraca;
– alongamentos, para contrariar a progressão da curvatura;
– estimulação elétrica dos músculos, conservadora ou invasiva, para melhorar a tensão muscular entre a musculatura envolvida;
– reeducação postural, baseada no método de cadeias Mézieres, com recurso da respiração e alongamento aceite e progressivo na postura;
– pilates clínico, através da realização de exercícios que combinam a força de baixa intensidade e o alongmamento;
– a massagem, para alívio da dor e da rigidez que pode estar instalada;
– indução miofasical, para libertar cadeias de tecido conectivo que estejam bloqueadas
– entre outros.
Procura-se assim, melhorar a postura, o alinhamento da coluna vertebral torácica, melhorar a flexibilidade, correcção das assimetrias, diminuição da intensidade da dor, aumento da força dos músculos e redução de ângulos associados às curvaturas.
Se procura ajuda de algum especialista para o ajudar a melhorar a sua condição de saúde, se tem dúvidas em relação à abordagem da Fisioterapia nestas condições posturais, procure-nos na Physios.
Ft. Ana Guedes